Histórias de vida de reclusos e reinserção social

Contenido principal del artículo

Maria José D. Martins
Jorge Casasnovas

Resumen

Apresenta-se um estudo qualitativo, com 20 reclusos adultos do género masculino, com idades entre os 25 e os 56 anos, a cumprir pena numa prisão. Os objetivos deste estudo consistiam em identificar: o período do desenvolvimento que os reclusos associavam ao início da sua conduta antisocial; os fatores contextuais que facilitaram o início dessa trajetória; e os fatores que os reclusos percebiam como facilitadores da sua reinserção social no futuro. A metodologia incluiu análise documental dos processos dos reclusos e uma entrevista semi-estruturada. Os resultados sugerem que 45% dos reclusos identificam a adolescência como o período em que se iniciou o comportamento anti-social e 5% a infância. Os fatores contextuais mais apontados pelos reclusos para explicar o início dessas condutas foram a associação com pares desviantes; a toxicodepedência e o desemprego. O fator identificado como mais facilitador da reinserção social foi ter um trabalho. Os dados sugerem determinadas estratégias de reinserção social e a necessidade de programas de prevenção primária da violência em contexto escolar.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
D. Martins, M. J., & Casasnovas, J. (2014). Histórias de vida de reclusos e reinserção social. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(1), 553–564. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v1.403
Sección
Artículos

Citas

Born, M. (2005). Psicologia da delinquência. Lisboa: Climepsi Dibiase, A; Gibss, J.; Potter, G. & Bount, M. (2012). Teaching adolescents to think and act responsibly. The equip approach. Champaign, Illinois: Research press.

Dodge, K. (2001). The science of youth prevention. Processing from developmental epidemiology to efficacy to effectiveness to public policy. American Journal of Prevention Medicine, 20,1,1, 63-70.

Farrington, D. (2000). A predição da violência no adulto. Violência documentada em registos oficiais e violência referida pelo próprio indivíduo. Psychologica, 24, pp. 55-76.

Farrington, D. (2002). Factores de risco para a violência juvenil. In E. Debardieux & C. Blaya, (Orgs.).Violência nas escolas e políticas públicas. Brasília: UNESCO.

Farrington, D. & Ttofi, M. (2009). School-based programms to reduce bullying and victimization. London: The Campbell Collaboration. Disponível em www.campbellcollaboration.org

Fonseca, A C. (2002). (Ed.) Comportamento anti-social e família. Uma abordagem científica. Coimbra: Almedina.

Gonçalves, R. A (2007). Promover a mudança em personalidades anti-sociais: Punir, tratar e controlar. Análise Psicológica. 4, XXXV, 571-583.

Koko, K. & Pulkkinen, L. (2005). Stability of aggressive behavior from childhood to middle age in women and men. Aggressive Behavior, 31, 485-497.

Loeber, R. & Dishion, T. (1983). Early predictors of male delinquency: a review. Psychological Bulletin, 94, 1, pp.68-99.

Loeber, R. & Hay, D. (1997). Key issues in the development of aggression and violence from childhood to early adulthood. Annual Revue of Psychology, 48, 371-410.

Martins, M. J. D. (2007). Violência interpessoal e maus tratos entre pares, em contexto escolar. Revista de Educação, XV,2, 51-78.

Martins, M. J. D. (2009). Maus tratos entre adolescentes na escola. Penafiel: Novembro

Moffitt, T. & Caspi, A. (2000). Comportamento anti-social persistente ao longo da vida e comportamento anti-social limitado à adolescência: seus preditores e suas etiologias. Revista Portuguesa da Pedagogia, XXXIV, 1,2 e 3, 65-106.

Olweus, D. (1999). Sweden. In P. Smith, Y. Morita, J. Junger-Tas, D. Olweus, R. Catalano & P. Slee (Eds.), The Nature of School Bullying. A cross-national perspective. London: Routledge.