Fatores que afetam a qualidade de vida dos doentes hipertensos

Contenido principal del artículo

Esperança María Simoes da Silva
Mª Margarida Duarte Ramos Caramona

Resumen

A doença cardiovascular afecta simultaneamente o bem-estar físico, psicológico e social do individuo, justificando que se investigue a sua qualidade de vida. Assim, quando se pretende um bom tratamento da hipertensão, deveremos igualmente preocupar-nos com a qualidade de vida do doente. Objetivo: Avaliação da influência dos factores sóciodemográficos e clínicos na qualidade de vida dos doentes com hipertensão. Metodologia: foi realizado um estudo observacional e transversal, quantitativo e analítico em doentes hipertensos seguidos nas farmácias comunitárias. Os doentes foram seleccionados quando se dirigiam à farmácia para comprar um anti-hipertensor ou medir a pressão arterial. A cada um dos doentes foi aplicado um questionário que avaliava as variáveis sexo e idade, os sintomas presentes no último mês, a duração da hipertensão, o controlo da pressão arterial, comorbilidades, terapêutica diária, como variáveis independentes e a qualidade de vida (avaliada pelo questionário HYPER), como variável dependente. Resultados: A amostra foi constituída por 1876 doentes com hipertensão (44% homens e 56% mulheres), com média etária de 60.48±2.17 anos. O tempo médio de duração da hipertensão foi de 10.56±9.25 anos. A quantidade de fármacos diários (4.10±2.39) e o número de tomas diárias (2.50±1.09) foram muito variáveis. A comorbilidade mais frequente foi o colesterol elevado (42% dos doentes). Destacam-se 81.3% hipertensos com pressão arterial controlada. Os fatores preditivos independentes para a qualidade de vida foram a ausência de efeitos secundários, o controlo da pressão arterial e o menor consumo de fármacos diários. Conclusão: Os resultados mostram a necessidade de intervir nestes doentes em termos das representações da doença quando estas tenham um impacto na sua qualidade de vida. Uma intervenção em doentes com hipertensão é necessária se quisermos promover a qualidade e adaptação à doença por parte destes.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Simoes da Silva, E. M., & Duarte Ramos Caramona, M. M. (2014). Fatores que afetam a qualidade de vida dos doentes hipertensos. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(1), 67–80. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v2.418
Sección
Artículos

Citas

Bamfi, F., De Carli, G., Arpinelli, F., & al, e. (1998). Development of a new specific questionnaire for hypertensive patients. J Hypertens, 16(Suppl 9), pp. S35-S40.

Bardage, C., & Isacson, D. L. (2000). Self reported side effects of antihypertensive drugs an epidemiological study on prevalence and impact on health state utility. Blood Pressure, 9, pp. 328-334.

Bremner, A. D. (2002). Antihypertensive medication and quality of life - silent treatment of a silent killer? Cardiovascular Drugs and Therapy, 16, pp. 353-364.

Chobaniam, A. V., Bakris, G. L., Black, H. R., & al, e. (2003). The seventh report of the joint national committee on prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure. The JNC7 Report. JAMA, 289, pp. 1560-2572.

Coelho, A. M., Coelho, R., Barros, H., Gonçalves, F. R., & Lima, M. R. (1997). Hipertensão arterial essencial- psicopatologia, compliance e qualidade de vida. Revista Portuguesa Cardiologia, 16(11), pp. 873-883.

Coons, S. J., Rao, S., Keininger, D. L., & Havs, R. D. (Jan de 2000). A comparative review of generic quality of life instruments. Pharmacoeconomics, 17(1), pp. 13-35.

Côte, I., Gregoire, J. P., & Moisan, J. (2000). Health related quality of life measurement in Hypertension.A review of randomised controlled drug trials. Pharmacoeconomics, 18, pp. 435-450.

Degl’innocenti, A., Elmfeldt, D., Hofman, A., Lithell, H., Olofsson, B., Skoog, I., . . . Wiklund, I. (Apr de 2004). Health related quality of life during treatment of elderly patients with hypertension: results from Study on COgnition and Prognosis in the Elderly(SCOPE). J Hum Hypertens, 18(4), pp. 239-45.

Fagard, R. H., & Staessen, J. A. (Jul-Aug de 1999). Treatment of isoletes systolic hypertension in the elderly: the Syst-Eur trial. Systolic Hypertension in Europe (Syst-Eur) trial investigators. Clin Exp Hypertens, 21(5-6), pp. 491-7.

Fletcher, A. (Jul-Aug de 1999). Quality of life in the management of hypertension. Clin Exp Hypertens, 21(5-6), pp. 961-72.

Fogari, R., & Zoppi, A. (2004). Effect of antihypertensive agents on quality of life in the elderly. Drugs Aging, 21(6), pp. 377-93.

Hansson, L. (1993). The hypertension optimal treatment study ( the HOT study). Blood Press, 2, pp. 62-68.

INE, & INSA. (2009). Inquerito Nacional de Saude 2005/2006. Lisboa: Instituto Nacional de Estatistica, IP e Instituto Nacional de Saude Dr Ricardo Jorge,IP.

Knight, E. L., Bohn, R. L., Wang, P. S., Glynn, R. J., Mogun, H., & Avorn, J. (Oct de 2001). Predictors of uncontrolled hypertension in ambulatory patients. Hypertension, 38(4), pp. 809-14.

Maatouk, I., Wild, B., Herzog, W., Wesche, D., Schellberg, D., Schottker, B., . . . Brenner, H. (Jul de 2012). Longitudinal predictors of health related quality of life in middle aged and older adults with hypertension: resultd of a populations based study. J Hypertens, 30(7), pp. 364-72.

Macedo, M. E., Lima, M. J., Silva, A. O., Alcântara, P., Ramalhinho, V., & Carmona, J. (2007). Prevalencia, conhecimento, tratamento e controlo da hipertensão em Portugal. Estudo PAP. Revista Portuguesa de Cardiologia, 26(1), pp. 21-39.

Mancia, G., De Backer, G., Dominiczak, A., Cifkova, R., Fagard, R., Germano, G., & al, e. (2007).Guidelines for the management of arterial hypertension. The task force for the management of arterial hypertension of the european society of hypertension (ESH) and of european society of cardiology (ESC). J Hypertens, 25, pp. 1105-87.

Mapi, I. (2012). Hypertension Health Status Inventory. France, Lyon: Mapi Research Trust, Quality of life Instruments Database http://www.mapi-institute.com/links.

Miguel, J. M., Magalhães, E., & Oliveira, A. G. (1999). Efeitos adversos da terapêutica anti-hipertensiva: a percepção dos doentes. Revista Portuguesa Cardiologia, 18(2), pp. 123-130.

Miguel, S., & Iglesias, A. B. (2004). Hipertensão e demência. Rev Saude Amato Lusitano, 8(15), pp. 29-33.

Neaton, J. D., Grimm, R. H., Prineas, R. J., & al, e. (1993). Treatment of mild hypertension study (TOMHS) final results. J Am Med Assoc, 270, pp. 713-24.

Ogunlana, M. O., Adedokun, B., Dairo, M. D., & Odunaiva, N. A. (Jun de 2009). Profile and predictor of health related quality of life among hypertensive patients in south wester Nigeria. BMC Cardiovasc Disord.

Oliveira, S., Fonseca, T., Silva, G., Neves, A. P., Romão, C., Silva, C., . . . Clara, J. G. (2004). Controle da hipertensão arterial e prevenção do declinio cognitivo. Clin Saude, 1(3), pp. 36-41.

Pereira, M., Azevedo, A., & Barros, H. (2010). Determinants of awareness,treatment and control of hypertension in a Portuguese population. Revista Portuguesa Cardiologia, 29(12), pp. 1779-1792.

Poliicanin, T., Ajdukovic, D., Sekeriia, M., Pibernik-Okanovic, M., Metelko, Z., & Vuletic Mavrinac, G. (13 de Jan de 2010). Diabetes mellitus and hypertension have comparable adverse effects on health related quality of life. BMC Public Health, 10(12).

Polonia, J., Ramalhinho, V., Martins, L., & Saavedra, J. (2006). Normas sobre Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial da Sociedade Portuguesa de Hipertensão . Revista Portuguesa de Cardiologia, 25(6), pp. 649-60.

Prince, M. J., Bird, A. S., Blizard, R. A., & al, e. (1996). Is the cognitive function of older patients affected by antihypertensive treatment: results for 54 months of the MRC’s trial of hypertension in older adults. BMJ, 312, pp. 801-805.

Sazlina, S. G., Zaiton, A., Nor Afiah, M. Z., & Havati, K. S. (May de 2012). Predictors of health related quality of life in older people with non communicable diseases attending three primary care clinics in Malaysia. J Nutr Health Aging, 16(5), pp. 498-502.

SHEP, C. R. (1991). Prevention of stroke by hypertensive drug therapy in older persons with isolated systolic hypertension: final results of the Systolica Hypertension in the Elderly Program (SHEP). JAMA, 265, pp. 3255-3264.

Soni, R. K., Porter, A. C., Lash, J. P., & Unruh, M. L. (Jul de 2010). Health related quality of life in hypertension, chronic kidney disease, and coexistent chronic health conditions. Adv Chronic Kidney Dis, 17(4), pp. 17-26.

Testa, M. A. (Dec de 2000). Methods and applications of quality of life measurement during antihypertensive therapy. Curr Hypertens Rep, 2(6), pp. 530-7.

Ucan, O., & Ovavolu, N. (Sep de 2010). Relationship between diabetes mellitus, hypertension, and obesity, and health related quality of life in Gaziantep, a central south eastern city in Turkey. J Clin Nurs, 19(17-18), pp. 2511-9.

WHO. (1984). Health Promotion: a discussion document. Copenhagen: WHO.

Youssef, R. M., Moubarak, I. I., & Kamel, M. I. (2005). Factors affecting the quality of life of hypertensive patients. Eastern Mediterranean Health Journal, 11(1/2), pp. 109-118.

Zygmuntowicz, M., Owczarek, A., Elibol, A., & Chudek, J. (19 de Jul de 2012). Comorbidities and the quality of life in hypertensive patients. Pol Arch Med Wewn, 122(7-8), pp. 333-40.